Tatsuki Fujimoto expõe os desafios e abusos da indústria de mangás

Escrito em 18/10/2025
Redação Geek in - Animes

Autor de Chainsaw Man revela os sacrifícios e pressões enfrentados por criadores ao longo de suas séries

 



Fotos: Divulgação

 


O retorno de Chainsaw Man para o anime, marcado para 24 de outubro, trouxe empolgação aos fãs, que aguardam ansiosos pelo filme que introduzirá Reze e avançará na história de Denji. Apesar disso, o criador Tatsuki Fujimoto ressalta que manter uma série viva por anos exige um custo pessoal elevado.

Fujimoto estreou Chainsaw Man na Weekly Shōnen Jump em 2018, permanecendo até 2020, antes de migrar para a Shōnen Jump+ em 2022. Durante esse período, o autor enfrentou os desafios típicos da indústria, conhecida por sua pressão intensa e rotina exaustiva. "Foi a minha primeira vez trabalhando com uma série semanal, e foi brutal. Estava constantemente preocupado com cancelamentos e vivia com sono insuficiente", contou Fujimoto em entrevista compartilhada nas redes sociais. Ele detalhou que até mesmo tarefas simples, como receber seus assistentes, interferiam em seu descanso.

 

A transição para o formato digital trouxe mais liberdade criativa e menos ansiedade, mas as declarações do autor ressaltam um problema maior: a necessidade de reformulação das condições de trabalho dentro da indústria de mangás. Casos recentes, como a morte de Kentaro Miura, autor de Berserk, evidenciam que cuidar da saúde dos artistas se tornou uma preocupação cada vez mais urgente.

Hoje, pausas e ajustes de cronogramas são mais comuns, como em Frieren e Hunter x Hunter, mas o modelo de serialização semanal continua sendo desgastante. Fãs e especialistas debatem sobre a viabilidade de transições para atualizações mensais, de modo a preservar a saúde física e mental dos autores.

 

O recado de Fujimoto é claro: sem mudanças significativas, a indústria corre o risco de perder seus talentos mais importantes, que sustentam o sucesso das séries que todos amam.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa


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